terça-feira, 11 de outubro de 2011

Quadros

                              " Na parede da memória, essa lembrança é o quadro que dói mais. "

terça-feira, 6 de setembro de 2011

sorriso banguelo.

  "Sinto sua falta como se me faltasse um dente da frente :    excrucitante ! "      
Banguela sim, confesso. Mas ainda assim, eu vou sorrir !

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto.
(...)Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções .
Caio F. Abreu

Vai passar!


"Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, doi demaais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar."

Nunca entendí esses amores descartáveis, as pessoas se juram amor eterno e a primiera mudança de rumo muda também o amor.
O certo é que absolutamente nada que te dizem, ou te prometem vai ser de fato pra sempre! Uma hora, você é celebrado, brindado como um início de ano e acredite em menos de um ano você pode ser morto e enterrado por aqueles que te juraram que seria pra vida toda.
E, por mais que você diga não se importar, uma hora vai doer, e por mais que você esteja feliz em estar como está e ser como é, um dia você pode até querer chorar. E então essa vai ser a hora, a sua hora! De levantar a cabeça, lavar o rosto e se firmar de pé, com a certeza de quem mentiu não foi você... e como todos os amores 'eternos' que terminam em minutos, você fará isso curar dentro de você mesmo que demore.
O que se aprende aquí?! A resposta de um texto sem poesia alguma é: NÃO ACREDITE EM PROMESSAS, mas continue acreditando no amor, mesmo que ele seja verdade só pra você, mesmo que você veja tanta gente ido e vindo da sua vida de acordo com suas conveniências.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Quem decide?

Mendigo: Tenho mais sede porque penei mais no mundo.
Maria: Cada um é que sabe da sua sede.
Mendigo: É verdade. E quem decide quem tem mais sede é quem tem a água."

(Hoje é dia de Maria)

sábado, 18 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

cruzando os dedos, descruzando os braços.

Eu vou nomeando meus sonhos um por um. 
Colocando metas, fazendo projetos, com os dedos cruzados e minhas melhores vibrações. 
Claro que eu me frustro, faz parte da vida.
Mas meu chão eu fiz de mola, o resultado da minha queda é o impulso.

Fernanda Gaona


 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O banco que puxava cabelos

" Tarde fria de outono, sol brilhando e vento geladinho.. brisando. E eu, sempre dissertativa me corroia descritivamente em tudo que eu via.
Havia porém,um entre tantos lugares a sombra, escolhi, me sentei e comecei. Eu só escrevia, aquele era um dia inspirador, literalmente! Me inspirava uma certa dor ver, o simples fato de ver parecia doer. Existências tão banais, seres humanos normais era o que eu podia perceber por detrás daqueles vidros que pareciam dividir dois mundos, o meu onde tudo parecia adtivado e o deles onde tudo parecia caber, pertencer.  
Aconteceu que enquanto escrevia, sobre essa estanha sensação de não caber em mim, naquele saculejo todo que embaralhava a letra mais que os pensamentos já eram embaralhados de costume, um a um algo se perdia.
FIOS DO MEU CABELO, do meu precioso e caro cabelo.
Poderia jurar, eu estava tão longe daquele lugar, que nem entendia o que acontecia.. só sentia um leve desconforto que me intrigava. Quando dei por mim, enfim percebí que era aquele bendito banco, que eu tão cuidadosamente escolhí que justamente me deixava desconfortável.
Nesse ponto, digo o da percepção enfim, já havia eu perdido uns muitos cabelos, o que na minha condição de cabelos ralos, um já seria odioso. Confesso que aquilo estava me tirando do sério.
Como num estalo, deixei um texto e partí pra outro, comecei a escrever sobre o porque de eu ter escolhido aquele bendito banco, este que tirou- me os cabelos havia sido escolhido unicamente por ser mais confortável estar a sombra, e pra quem mora no Rio de Janeiro, sentar a sombra faz toda diferença.
Pois é, nesse dia também fez. 
Observei, depois de tantos fios, que a culpa não era do inanimado banco, impossibilitado de decidir, a culpa era minha, de fato.
Alguém poderia dizer que não havia como prever, sim é claro, porém durante todos aqueles torturantes 45 minutos o poder de decidir estava na minha mão, e como num jogo de times incompetentes, deixei pra decidir nos acréscimos.
Quase chegando ao meu destino, mudei-me para um lugar, ao sol.
Enfurecida com o incomodo de ter que mudar de lugar, observei que habitualmente também, eu estava com os óculos escuros desapercebidamente no rosto. ( Pra quem mora no Rio de Janeiro isso faz toda diferença). Já não haveria mais o imaginado desconforto do papel branco ofuscando minha vista, por que eu ainda sou juráscica! Escrevo com papel e caneta, não apenas nas teclas do net book, não havia mais também o desconforto dos fios esvaindo-se um a um e tão pouco o da brisa, que como comentei estava gelada.
O sol me aquecia, em paz eu escrevia e tudo, digo tudo mesmo se esclarecia.
Dizem que não perdemos um fio de cabelo se Deus não deixar, então, dei por mim que havia algo divino alí. A permissão viera exatmente para que eu percebesse, o poder da decisão está todo o tempo nas nossas mãos, e nunca é tarde. Hábitos podem destuir cabelos e vidas também, porém.. bons hábitos como andar de óculos escuros podem salvar textos e tantos outros podem salvar histórias. Por fim, as vezes o lugar menos desejado, a coisa mais temida pode sim ser a mais adequada, a vida tem dessas surpresas.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

8 ou 80.

" E para os tais desse mundo de normais a vida é andar em corda bamba,
mas para nós, os de extremos, a corda bamba é arame farpado"
Os normais que me desculpem, não é de porpósito julgar mais justo o erro autêntico do que o acerto gerado pela mornidão. É um defeito virtuoso que eu carrego desde criança.
Os extremistas se arranhão, se ferem e na maior parte das vezes percebem que se fizessem diferente sentiriam falta dos machucados feitos pela autênticidade. A palavra é essa,  ser autêntico.
Não fazer cena, charme ou drama, é emburrrar todas as vezes que contrariado.
É não estampar um sorriso, quando não se está feliz.. é não ter medo de chorar, e não permitir que digam o momento exato de gargalhar.
Não é simplesmente estar tudo bem  e parecer que o mundo está desmoronando no momento seguinte, é mais profundo e mais intrigante que isso, é só se permitir ser inteiro e julgar medíocre qualquer coisa que seja menos que o máximo, que o melhor que se pode dar e também receber.
Sim, somos daquele tipo que se corroe em busca da certeza, que não sabem viver sem um ideal, que ODEIAM tudo que é normal...banal.
Para nós, os que preferem estar de um lado ou do outro, machuca a indecisão.