quinta-feira, 26 de junho de 2014

Do tempo;

A gente vai seguindo e sorrindo, como se de sorriso pudesse enfeitar o azedo que o bonito deixou.
Porque o tempo é sempre curel assim com a gente. Faz esquecer das dores mas não faz esquecer os amores, nem o quanto valeu. E daí que doeu?
Sempre que na multidão eu identifico aquele maldito perfume,  depois  mentalmente praguejar até contra os deuses do Olimpo,  minha pergunta é sempre essa: e daí que doeu?
Quando a estatura é similar ou o vento é frio e me transporta sempre para os mesmos meses do ano, como uma musica arranhada no refrão,  eu me pergunto : e daí que doeu.
Acontece que a música precisa continuar e a vida também. Há vida!
Sabe a sensação de precisar pular a melhor música do seu disco favorito.. da sua banda favorita?
Você ainda vai saber cantarolar ela inteira.
Péssimo!  Voltamos para o início do texto,  e de tudo! A crueldade do tempo.
Você pula a música, mas ela ainda é a que você mais gosta e você ainda  sabe de trás pra frente.
Você pula a história,  se reinventa, faz promessa pra são OLX... conhece outros lugares, outras pessoas, retoma as experiências que ja conhecia,  mas tudo continua lá!
Basta um cheiro. ...um jeito... uma estação.